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Esfriou! Qual é a diferença entre os fenômenos El Niño e La Niña?

17 abr 2024 às 16:54
Por: BAND
- Ana Tigrinho/AEN

Especialistas em meteorologia estão afirmando que o fenômeno El Niño está se despedindo. Na última terça-feira (16), a agência climática do governo da Austrália, chamada Bureau de Meteorologia (BoM) afirmou que o fenômeno, na verdade, até já acabou. Aqui no Brasil, a Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (Ana) emitiu uma nota técnica, nesta quarta-feira (17) afirmando que o El Niño termina no entre os meses de abril e junho. No entanto, outro fenômeno está chegando, o La Niña. Mas, afinal, qual é a diferença entre os fenômenos climáticos El Niño e La Niña?


De acordo com os meteorologistas da Ana, que criaram um programa de monitoramento do El Niño, a diferença principal dos dois fenômenos está relacionada à temperatura das águas dos oceanos. O El Nino é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico e causador de alterações nos padrões de circulação atmosférica (em todo o planeta!), enquanto o La Niña é um fenômeno que provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e provoca chuvas em excesso em algumas regiões e seca extrema em outras. 



Calor enlouquecedor e frio de lascar!

O fenômeno El Niño começou a mostrar seus efeitos no segundo semestre de 2023 e em setembro, provocou uma intensa onda de calor no Brasil (foram várias desde então). A região sul do Brasil, onde predominam plantações de grãos como soja, trigo e milho, sofreu com o excesso de chuvas, enquanto um clima mais seco atingiu as regiões sudeste e centro-oeste, como Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil. O resultado é que o calor em excesso, associado a chuvas ou a secas, prejudicou as plantações em todo o Brasil e, de quebra, fez o brasileiro quase derreter.

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De acordo com a Ana, quase todos os modelos que avaliam o clima, n o planeta, apontam para o enfraquecimento do El Niño entre os meses de abril e junho e também, para um período de transição em que predominam condições neutras, ou seja, temperaturas mais agradáveis e chuvas regulares. As projeções do Instituto para Clima e Sociedade (IRI, na sigla em inglês) indicam que haverá (pelo menos) 60 dias “mais neutros”.


No entanto, a previsão já avisa que o fenômeno La Niña deve ser o grande influenciador do clima a partir de julho. Especialistas da Ana estimaram 62% de probabilidade do fenômeno ocorrer no terceiro trimestre do ano, trazendo chuvas mais intensas para as regiões norte e nordeste e seca nas regiões sul e sudeste, acompanhadas de geadas, o que também causa estrago nas lavouras, principalmente as de culturas como café e laranja, por exemplo.


Frio, geada e chuvas

O Instituto de Meteorologia (Inmet) já vinha alertando que o clima ia mudar a partir desta quarta-feira (17) nas regiões sul e nordeste. Essas regiões serão atingidas por uma frente fria e podem ter, além do frio no sul, geadas, e tempestades no nordeste.


De acordo com a previsão, localidades de Santa Catarina e leste do Paraná podem sofrer mais com frio e chuva e, no Rio Grande do Sul, com geadas. A partir da noite de quarta-feira (17) e nos próximos dias, as noites e madrugadas devem ser bem frias. Nas serras, as temperaturas podem chegar a cinco graus.


Já na região Nordeste, a chuva pode ser intensa e deve atingir, principalmente, a região leste, da Bahia até o Rio Grande do Norte, incluindo partes do Ceará e Piauí. Segundo o Inmet, isso pode ocorrer devido a um sistema frontal avançar pelo extremo sul da Bahia e elevar muito a umidade na região. 

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