O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,56% em março de 2025, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11). Embora o índice tenha desacelerado em relação a fevereiro, quando a variação foi de 1,31%, os alimentos continuaram a ser o principal fator de pressão inflacionária no mês.
De acordo com o IBGE, a alimentação e bebidas subiram 1,17% e responderam por quase metade do IPCA do mês (0,25 ponto percentual). Itens como tomate (22,55%), ovos (13,13%) e café moído (8,14%) tiveram as maiores altas. Já produtos como óleo de soja, arroz e carnes apresentaram recuos nos preços.
Com esse resultado, o IPCA acumula alta de 2,04% no ano e de 5,48% nos últimos 12 meses, ultrapassando os 5,06% registrados no acumulado anterior.
Entre as regiões pesquisadas, Curitiba e Porto Alegre apresentaram a maior variação mensal (0,76%), impulsionadas pelo aumento nos preços da gasolina. Rio Branco e Brasília registraram as menores variações (0,27%), influenciadas por reduções nas tarifas de transporte público.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, avançou 0,51% em março. O indicador acumula 2,00% no ano e 5,20% em 12 meses. Assim como no IPCA, a alta nos preços dos alimentos foi o principal motor da inflação para essa faixa de renda.
O grupo de alimentação no domicílio teve aumento de 1,31%, enquanto a alimentação fora de casa subiu 0,77%. Os preços dos combustíveis também continuaram a subir, embora em ritmo mais moderado, com destaque para a gasolina (0,51%).
Apesar da desaceleração geral, a inflação segue elevada em setores sensíveis ao consumo das famílias, principalmente os de menor renda. O cenário reforça a cautela de analistas em relação aos próximos meses, diante das incertezas do ambiente econômico e das condições climáticas que impactam a oferta de alimentos.