O Ministério Público de Alagoas instaurou procedimento para investigar um casal suspeito de gravar filme pornô no mar de Maragogi, no litoral norte alagoano e um dos principais destinos turísticos do país.
MP iniciou investigação após o vídeo viralizar nas redes sociais. A ação foi instaurada pela promotora Francisca Paula de Jesus, que atua na cidade de Maragogi.
Francisca afirma que a gravação adulta de sexo explícito foi feita "em plena luz do dia". A gravação teria sido feita no dia 29 de outubro e compartilhada em plataformas de conteúdo adulto na internet, mas viralizou nas redes.
Envolvido nega que gravações foram para conteúdo adulto
Principal envolvido na gravação é um conhecido produtor de conteúdo erótico. Segundo o MP alagoano, o homem é Fábio Pereira da Silva, conhecido no meio pornô como "Binho Ted". Ele soma mais de 425 mil seguidores no Instagram.
Fábio Silva negou que os vídeos feitos sejam de sexo explícito e que as imagens foram feitas para recordação da esposa. Em contato com o UOL por uma rede social, ele também disse que não sabia que era proibido o uso de motos aquáticas na região. "Pagamos pelo passeio. Achei que era normal lá, não sou da região. Não há placa ou fiscalização".
Fábio Silva também disse ao UOL que ainda não recebeu qualquer notificação judicial.
Promotoria alega que o vídeo não é ilegal apenas por envolver sexo explícito ao ar livre. De acordo com o órgão, a gravação no mar de Maragogi também pode ter violado a legislação ambiental pelo uso da moto aquática, veículo proibido nos mares da cidade desde 2021.
Maragogi está inserida na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais. Por esse motivo, o uso de moto aquática foi vetado por decreto municipal para preservar o ecossistema marinho. Autora da ação, Francisca diz que o objetivo é repreender atos que "violam a honra e a imagem do município".
Prefeitura de Maragogi diz que alugueis de moto aquáticas é "problema histórico". Em nota, a administração informou que acatará as recomendações do MP, reforçando orientações a turistas e responsabilizando possívesi infratores.