Durante o anúncio de cessar-fogo entre Israel e Palestina, a população de Gaza recebeu com otimismo a notícia. Durante uma reportagem do jornalista Anas Al-Sharif, da rede Al Jazeera, ele tirou o capacete e o colete a prova de balas e a imagem rodou o mundo, com a impressão de que o repórter pudesse se livrar de todo o aparato de proteção.
Porém, mesmo com o otimismo,
novos ataques mataram dezenas de pessoas. Em Israel, por conta de um impasse na
alta cúpula do governo, a ratificação do acordo de cessar-fogo foi adiada.
O jornalista é de um dos
locais atingidos na guerra. Anas afirmou que teve que trabalhar cobrindo a
guerra sob ameaças de soldados. Em dezembro de 2023, ele perdeu o pai de 90
anos em um bombardeio israelense.
Emocionado, no meio da
comemoração, o jornalista fez uma chamada de vídeo para um amigo também
jornalista, que está no hospital com parte do corpo paralisado.
O cinegrafista ficou ferido em
outubro, quando foi baleado por um drone e Anas o acompanhava no momento do ataque.
Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras,
150 jornalistas palestinos foram mortos em Gaza; 41 deles estavam trabalhando.