Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, que estava internada após consumir Nicotiana glauca, uma planta tóxica conhecida como "falsa couve", morreu ontem em Patrocínio, Minas Gerais, por uma lesão no cérebro. Ela deixou marido e dois filhos pequenos.
Eles tinham se mudado recentemente para o imóvel na zona rural de Patrocínio. O pé da "falsa couve" já estava no quintal. Por causa da semelhança com a hortaliça, a família colheu a Nicotiana glauca, refogou e serviu num almoço de confraternização na última quarta-feira.
Natural de Patos de Minas, Claviana passou mal imediatamente. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levada para a Santa Casa de Patrocínio, onde permaneceu em estado grave.
Quadro de saúde da mulher piorou ainda mais no domingo. Ela morreu ontem por lesão grave no cérebro causada pela intoxicação alimentar.
Claviana deixou marido e dois filhos. As crianças são uma menina de 5 anos e um menino de 1 ano e meio.
Sepultamento será realizado às 17h de hoje, no cemitério municipal de Guimarânia, a 28km de Patrocínio. O velório aconteceu ontem.
Familiares também precisaram de atendimento
Homem de 67 anos recebeu alta no mesmo dia da intoxicação. O filho mais novo de Claviana também recebeu atendimento, mas foi liberado após constatado que não comeu a planta.
As outras vítimas são dois homens, de 60 e 64 anos. A secretaria de Saúde do município informou, em nota, que o homem de 60 anos está em estado "grave, permanece em coma induzido, respirando por aparelho e em tratamento de pneumonia". Já o mais velho está "estável", respirando sem a ajuda de aparelhos, apenas com um cateter de oxigênio; ele é "mantido internado na UTI para controle da pressão arterial, que permanece elevada".
Amostras de alimentos e materiais biológicos estão em análise. Os testes laboratoriais devem confirmar o agente causador da intoxicação, segundo a secretaria de Saúde.