Brasil e mundo

RJ: Sobe para 132 o número de mortos após operação nos Complexos da Penha e do Alemão

29 out 2025 às 12:12

O número de mortos após a megaoperação da polícia nos Complexos do Alemão e da Penha subiu para 126, de acordo com a polícia militar. Novas imagens mostram 62 corpos enfileirados na Praça São Lucas, localizada entre os dois Complexos, na manhã desta quarta-feira (29).


Os corpos foram retirados por moradores de uma área de mata no Complexo de Alemão que, segundo a polícia, usada por criminosos para fugirem das comunidades. De acordo com o secretário coronel Marcelo de Menezes, os corpos não tem relação com a contabilização que parou em 64, após a operação. 


81 criminosos foram presos, além de mais de meia tonelada de drogas e 93 fuzis apreendidos. Três inocentes foram baleados, sendo um deles uma pessoa em situação de rua e duas mulheres. Uma delas malhava em uma academia, quando foi atingida. 


A ação conjunta foi considerada a maior da história do Rio de Janeiro e mobilizou 2.500 policiais civis e militares, com a participação do Ministério Público. O objetivo foi cumprir mais de 100 mandados de prisão e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Como retaliação, bandidos usaram ônibus e caminhões para bloquear diversas vias em diferentes pontos da capital fluminense e de cidades da Baixada Fluminense.


Segundo a Prefeitura do Rio, no momento, os transportes operam normalmente e não há interdições nas vias públicas da cidade. Ontem, após a ação policial, ônibus foram usados para bloquear vias de diferentes bairros. Vias expressas foram fechadas. Empresas liberaram funcionários mais cedo e universidades e escolas suspenderam as atividades.


Tiros e barricadas foram registrados em diferentes pontos da cidade em uma ação de retaliação dos criminosos à operação das forças de segurança que busca impedir o fortalecimento da facção Comando Vermelho. Durante toda a tarde, houve registro de lotação em estações do metrô, da SuperVia e das barcas. Na Central do Brasil, vídeos mostraram pessoas pulando as catracas para embarcar nas composições.