A indústria de proteína animal do Brasil é a maior exportadora e uma das maiores produtoras do mundo. Com comércio aberto em mais de 150 países nos cinco continentes, o Brasil mantém sua liderança no setor, e os números de exportação de carne suína e de frango de fevereiro deste ano refletem esse protagonismo.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne suína brasileira, incluindo tanto produtos in natura quanto processados, totalizaram 114,4 mil toneladas em fevereiro de 2025. Esse número representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total foi de 97,8 mil toneladas.
No caso da carne de frango, o crescimento foi ainda mais expressivo, com um aumento de 17,9%. Foram embarcadas 468,4 mil toneladas no segundo mês deste ano, contra 397,2 mil toneladas no mesmo período de 2024. Para ambas as proteínas, esses são os melhores resultados já registrados em um mês de fevereiro.
Os números demonstram como o Brasil vem consolidando sua posição como o maior exportador de frango do mundo, sendo responsável por 39% do frango exportado globalmente, e por 12% da carne suína, segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Santin também destacou que, apesar do crescimento nas exportações, a maior parte da produção de carne suína e de aves é destinada ao mercado interno. Segundo ele, 65% do que é produzido de frango fica no Brasil, e 75% da produção suína também é consumida internamente.
Paraná: Protagonista na Produção Avícola
No cenário nacional, o Paraná se destaca como o maior produtor de carne de frango, sendo responsável por 40% da produção avícola brasileira. Deste total, 35% vem do Oeste do Estado. O estado também possui o melhor status sanitário do país, o que favorece a qualidade e a competitividade das exportações.
Desafios para o Setor
Com o crescimento das atividades, surgem também desafios para o setor. Ricardo Santin comentou que a sanidade animal continua sendo uma das maiores prioridades da ABPA. A consolidação do Brasil como território livre de febre aftosa é uma pauta constante da entidade, que busca garantir a saúde dos rebanhos e a segurança das exportações.
Santin também destacou outro desafio importante: a pressão nos custos de produção. Ele afirmou que a carne brasileira é a mais competitiva do mundo, se comparada de maneira proporcional, mesmo com o aumento dos custos de insumos importantes, como o farelo de soja e o milho, utilizados na alimentação dos animais.