A pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), a Justiça condenou um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guaíra à perda do cargo público, após comprovação de assédio sexual reiterado contra uma técnica de enfermagem. A decisão foi proferida pela Vara Criminal de Guaíra, que reconheceu a gravidade do crime praticado entre setembro de 2021 e março de 2022.
Segundo a denúncia da 2ª Promotoria de Justiça de Guaíra, o médico usou sua posição hierárquica para constranger a vítima durante o expediente, fazendo comentários de cunho sexual com o objetivo de obter favorecimento pessoal. A técnica de enfermagem sofreu constrangimento e abalo psicológico profundo.
Além da perda do cargo público, o réu foi condenado a dois anos e seis meses de detenção em regime aberto, pena que foi substituída por penas restritivas de direitos, incluindo a prestação de 900 horas de serviços comunitários e o pagamento de prestação pecuniária. Também foi fixada indenização de R$ 10 mil por danos morais.
O caso evidencia abuso de poder e grave violação dos deveres éticos e funcionais, especialmente por se tratar de um profissional da área da saúde.