Na madrugada do dia 25 de agosto, em um posto de combustíveis em Arapongas, a Polícia Militar abordou dois homens que estavam em um veículo emprestado de um advogado. Durante a ação, uma pistola calibre 380 encontrada no porta-luvas do carro teria sido desviada. O motorista afirmou não saber da existência da arma.
“Aí o policial perguntou para mim se tinha arma ou droga dentro do carro. Eu já parei porque sabia que eles iam abordar. Depois eles voltaram e falaram que tinha uma pistola no porta-luvas. Ele pegou e falou: ‘Eu tô vendo que você está de tornozeleira, vai para tua casa, eu não te vi e você não me viu’', relatou o motorista.
O advogado, proprietário do veículo e da arma, comunicou o caso à 22ª Subdivisão Policial de Arapongas. Segundo ele, o motorista é seu cliente e devolveu o carro, ressaltando que a arma não pode continuar circulando em seu nome.
“Ele tem algumas passagens, já é conhecido. Estava participando de um churrasco e, por ser uma ‘figurinha carimbada’, a polícia deu essa oportunidade de trocar a arma para não prendê-lo, mas em contrapartida levou uma arma minha, de minha propriedade, que é registrada”, explicou o advogado.
Em razão de possíveis irregularidades no exercício da função, a Polícia Militar instaurou processo administrativo contra cinco policiais militares da 11ª Companhia de Cambé. A Corregedoria-Geral deflagrou a operação “Magna Magnu”, cumprindo mandados de busca e apreensão.
A Justiça determinou o afastamento cautelar dos policiais envolvidos, além de outras medidas restritivas enquanto as investigações prosseguem. Entre os crimes apurados estão peculato, corrupção passiva, abandono de posto e prevaricação.