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Sinpro pede retomada de greve e acusa Prefeitura de omissão sobre reajuste salarial

28 mai 2025 às 16:49

O Sinpro (Sindicato dos Professores das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná) protocolou, nesta quarta-feira (28), uma manifestação no TJPR (Tribunal de Justiça do Estado do Paraná) que pede a reconsideração da decisão que suspendeu a greve de docentes dos CEIs (Centros de Educação Infantis) filantrópicos e solicita uma nova intimação à Prefeitura.


A greve teve início no dia 13 de maio. Já no dia 19, as unidades educacionais retomaram os atendimentos com pelo menos 60% do quadro de professores, conforme determinação do Tribunal de Justiça do Paraná.

 

O sindicato acusa o município de não responder de forma objetiva à proposta de reajuste salarial apresentada pelos sindicatos patronais Secraso-NP (Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social e de Orientação e Formação Profissional do Norte do Paraná) e Sinibref (Sindicato das Entidades Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas).

 

Segundo o Sinpro, a proposta foi construída em conjunto pelos dois sindicatos patronais durante reunião que aconteceu no dia 16 de maio, convocada pelo Ministério Público, com o objetivo de mediar o conflito entre as partes em meio à paralisação dos professores dos centros de educação infantil filantrópicos de Londrina. A categoria, composta por aproximadamente 1.400 profissionais, reivindica reajuste nos salários.

 

O sindicato dos professores afirma que, embora a Prefeitura tenha se manifestado nos autos do processo, a resposta não abordou diretamente a proposta salarial. Em vez disso, o município teria levantado questionamentos sobre a legalidade da representação sindical e afirmado não ser o empregador direto dos professores, alegando que a questão seria de responsabilidade das instituições conveniadas.

 

O Sinpro argumenta que a Prefeitura é a única financiadora dos centros de educação infantil filantrópicos da cidade, por meio de termos de colaboração. Dessa forma, segundo a entidade, qualquer reajuste salarial depende diretamente do aumento dos repasses públicos, que são feitos com base no número de crianças atendidas.

 

A proposta de reajuste, segundo a manifestação, foi aprovada em assembleia realizada pela categoria nesta terça-feira (27). Com isso, o sindicato pede que o TJPR autorize a retomada do movimento grevista, no percentual de até 40% de paralisação, a partir de 2 de junho, conforme decisão anterior do juízo de primeira instância.

 

A entidade também requer que a Prefeitura seja novamente intimada a se manifestar especificamente sobre a proposta apresentada pelos sindicatos patronais, sob pena de sanções legais.

 

Na manifestação, o sindicato critica o que considera uma tentativa de confundir o processo judicial com argumentos que não estariam relacionados diretamente à proposta de reajuste. No documento é destacada que a união dos dois sindicatos patronais demonstra a gravidade da situação salarial enfrentada pelos professores da rede filantrópica.

 

Até o momento, o município não se pronunciou oficialmente sobre o novo pedido apresentado pelo sindicato.