O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Belém (PA) para a preparação da COP30, mas deve se reunir nesta semana com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para tratar da articulação em torno do nome de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), aberta após a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.
Segundo integrantes do governo, Wagner tem conduzido, nos bastidores, encontros de Messias com senadores, reunindo aliados e buscando convencer parlamentares do Centrão, especialmente aqueles próximos de Davi Alcolumbre (União-AP). Paralelamente, o presidente do Senado tenta viabilizar o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Corte.
A avaliação interna é que Messias fará um “beija-mão” extraoficial antes da indicação, garantindo a viabilidade política de seu nome junto a Lula. O advogado-geral já se reuniu com senadores do PT, União Brasil e MDB.
O indicado pelo presidente passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), composta por 27 senadores. Nessa etapa, os parlamentares questionam o escolhido sobre suas posições em temas relevantes. O parecer precisa ser aprovado por maioria simples e, em seguida, submetido ao plenário.
A nomeação só é efetivada após aprovação pela maioria absoluta do Senado — ou seja, ao menos 41 dos 81 senadores precisam votar a favor. Somente depois disso, o indicado poderá ser formalmente nomeado por Lula.