O promotor eleitoral Ricardo Alves Domingues da 146ª Zona Eleitoral encaminhou para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) uma ação de investigação eleitoral contra a vereadora Mara Boca Aberta.
A PRE é o órgão competente para julgar ações que envolvam deputados federais, cargo ocupado por Boca Aberta (Pros), que também foi citado na ação. A ação foi impetrada pelo candidato a vereador de Londrina Marcus Vinicius Gines da Silva, que não se elegeu.
Entre as supostas irregularidades, estariam a utilização de outdoors, impulsionamento de publicidade paga nas redes sociais e a distribuição de alimentos e camisetas à população em período pré-eleitoral.
"Assim, tem-se que a então candidata à vereadora MARLY DE FÁTIMA RIBEIRO foi diretamente beneficiada pelo abuso de poder político de EMERSON PETRIV, titular de mandato de deputado federal, que utilizou-se de dinheiro público para alavancar a candidatura da sua esposa", lê-se no parecer elaborado pelo MPE.
Boca Aberta Junior, que foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo pai, foi excluído da ação a pedido do promotor eleitoral.
Boca Aberta rebate
O Tarobá News procurou a vereadora eleita Mara Boca Aberta, mas não conseguiu contato. Já o deputado Boca Aberta conversou com a reportagem e minimizou a importância do parecer.
"O papel do Ministério Público é esse, é acusar. Se tiver ação, vamos arrolar testemunhas, vamos facilmente provar a verdade nos autos". Ele negou qualquer irregularidade e disse que o objetivo da ação é prejudicar sua família.
"Eu comprei cesta básica e dei para o povo comer em um momento difícil, durante a pandemia. Eu faço isso (doar cestas básicas) desde quando assumi o mandato de deputado federal em 2019. Eu pago com o meu dinheiro. O salário é meu. Se eu quiser rasgar e jogar todo mês na privada, na rede de esgoto, eu jogo", disparou.