O Brasil tem o segundo Congresso mais caro do mundo - atrás só dos Estados Unidos. Mesmo diante de tanta gastança, o número de deputados, que já é grande, pode aumentar de 513 para 527. A proposta foi defendida pelo presidente da Câmara e líderes partidários nesta quinta-feira (13) e enviada ao Supremo.
O STF decidiu que, até o meio do ano, o Congresso Nacional deve revisar a distribuição do número de deputados federais em relação a população de cada estado, só que com uma diferença: sem aumentar o número de cadeiras. A ação foi apresentada pelo estado do Pará.
Assim, considerando o último censo, sete estados teriam mais deputados: Minas Gerais (+1), Ceará (+1), Pará (+4), Santa Catarina (+4), Goiás (+1), Amazonas (+2), e Mato Grosso (+1).
Políticos dos estados que teriam as bancadas reduzidas encontraram no novo presidente da Câmara um grande aliado. Hugo Mota é da Paraíba que, pela redistribuição, perderia duas cadeiras.
A solução criada foi aumentar o número de cadeiras dos estados onde a população cresceu. E não mexer com o número de deputados dos locais onde a população proporcionalmente diminuiu.
Sendo assim, seriam 14 vagas a mais, o que aumentaria o custo da Câmara em, pelo menos, R$ 46 milhões por ano. A mudança tem grande apoio entre os deputados, mas não é unanimidade.
“Mais deputados no Brasil significa mais custos, nós teremos mais passagens aéreas, mais assessores, mais carro alugado, mais verba indenizatória, e mais espaço físico pra abrigar esses novos parlamentares", disse o deputado Rafael Pexenti (MBB-SC)
Se o Supremo não acatar a sugestão de Hugo Mota e a pauta não for votada, caberá à Justiça Eleitoral redefinir o número de deputados.