Política

Orengo: PT pode perder ministérios para aumentar base no Congresso

21 jan 2025 às 09:47

A reforma ministerial é pauta principal do governo neste começo do ano. A mudança, vista como natural devido às alterações na presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, alteram composições e acertos do governo federal. 

Segundo Rodrigo Orengo, colunista da BandNews FM, as mudanças refletem também um aviso do presidente Lula na reunião ministerial, onde ele cobrou ministros e deu o toque de "olha, já é preciso pensar nas próximas eleições, porque a oposição já está pensando e de olho nos feitos do governo". 

O colunista afirma que, quando o presidente atrela a discussão ao cenário eleitoral, todos pensam nos partidos da base. "O governo espera que entreguem mais votos no Congresso Nacional e apontem a direção desses partidos em 2026", diz. 

Apesar de parecer cedo para pensar em composições políticas para 2026, as conversas iniciaram. "O próximo passo é fazer acertos no governo para ampliar essa base", aponta Orengo, que indica os ministérios em discussão para a reforma ministerial. 

"Quais são os ministérios em discussão? Primeiro: ministérios do Partido dos Trabalhadores. Com uma base tão ampla, faz sentido o PT, que é o partido do presidente, ter 12 ministérios? Levando em conta outros partidos com relevância no Congresso e por isso, o PT deve abrir espaço para outros partidos", pontuou. 

Um ministério visto como certo para ter uma mudança é o das Mulheres, Cida Gonçalves deve perder o cargo, essa avaliação está sendo feita internamente. E há uma acomodação do PCdoB com Luciana Santos, abrindo espaço no ministério de Ciência e Tecnologia, visado pelo centrão. 

Orengo indica que os presidentes do Senado e Câmara, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira podem ser acomodados no ministério. "Pacheco, que é visto como nome importante para um ministério, como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, hoje chefiado por Geraldo Alckimin, que poderia ir para a Defesa no lugar de José Múcio Monteiro, que poderia deixar o ministério", pontua.