O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que autoriza a construção de um novo complexo, com capacidade para 30 mil imigrantes ilegais, na base militar americana de Guantanamo, em Cuba, para reduzir a lotação nos centros de detenção na fronteira com o México.
Através de um decreto, Trump revogou uma norma que impedia a deportação de 600 mil venezuelanos já instalados nos Estados Unidos.
Desde o começo das operações, seis mil imigrantes foram detidos e mais de 800 acabaram deportados. No Bronx, em Nova York, a busca aos imigrantes ilegais aconteceu antes do amanhecer. Uma pessoa foi presa.
Dados do governo americano, atualizados até novembro de 2024, ainda durante o governo de Joe Biden, mostram que quase 1,5 milhão de imigrantes tiveram a deportação autorizada pela Justiça. Desse total, quase 40 mil são brasileiros.
Nesses casos, os detidos puderam recorrer, por exemplo, a pedidos de asilo humanitário, alegando risco de morte nos países de origem. Mas, pela nova diretriz da Casa Branca, imigrante sem documentação é considerado criminoso, o que promete acelerar os trâmites que antecedem a deportação.
Ao mesmo tempo em que as operações aumentam, grupos de apoio aos imigrantes se mobilizam. Em Chicago, um grupo oferece aula em espanhol para que a comunidade latina saiba de seus direitos, caso seja abordada pelos agentes de imigração.