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Trama golpista: Moraes vota para manter condenações de Bolsonaro e seis réus do núcleo crucial

No voto, Alexandre de Moraes afirmou que é “inviável o argumento recorrente” apresentado pela defesa do ex-presidente
07 nov 2025 às 16:58
Por: Band - Afonso Marangoni
Fellipe Sampaio/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para rejeitar os recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e manter a condenação do ex-presidente a mais de 27 anos de prisão. O julgamento começou nesta sexta-feira (7). 


Além dos recursos apresentados por Bolsonaro, o ministro do Supremo Tribunal Federal também rejeitou as alegações das defesas de Anderson Torres, general Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Augusto Heleno. 


Veja como está o placar de cada um dos réus do “núcleo crucial” da trama golpista: 


  • Jair Bolsonaro: 2 votos para rejeitar o recurso (Moraes e Flávio Dino);
  • Braga Netto: 2 votos para rejeitar o recurso (Moraes e Flávio Dino);
  • Almir Garnier: 2 votos para rejeitar o recurso (Moraes e Flávio Dino);
  • Anderson Torres: 1 voto para rejeitar o recurso (Moraes);
  • Paulo Sérgio Nogueira: 1 voto para rejeitar o recurso (Moraes);
  • Alexandre Ramagem: 2 votos para rejeitar o recurso (Moraes e Flávio Dino);
  • Augusto Heleno: 1 voto para rejeitar o recurso (Moraes).

No voto, Alexandre de Moraes afirmou que é “inviável o argumento recorrente” apresentado pela defesa do ex-presidente. 

“Inviável o argumento defensivo suscitando contradição ou omissão na dosimetria da pena, uma vez que o acórdão fundamentou todas as etapas do cálculo da pena em face do recorrente, inclusive especificando a fixação da pena de Jair Messias Bolsonaro com relação à cada conduta delitiva que o réu praticou”, escreveu Moraes no voto. 

“Inexiste qualquer omissão no cálculo da pena-base do recorrente. O voto detalha expressamente a existência das circunstâncias judiciais amplamente desfavoráveis ao réu Jair Messias Bolsonaro, tendo fundamentado cada circunstância judicial aplicada na pena-base do recorrente com o estabelecimento das premissas”, continuou Moraes. 

A defesa do ex-presidente apresentou ao STF embargos de declaração para “sanar as ambiguidades, omissões, contradições e obscuridades” da decisão da Suprema Corte que condenou Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Os advogados pediram a revisão da dosimetria de pena, alegando ausência de individualização adequada e violação ao princípio da proporcionalidade. 

Além disso, Moraes afirmou que diferente do alegado pela defesa de Bolsonaro, “inexiste qualquer contradição no acórdão condenatório com relação à prática delitiva do embargante nos atos ilícitos ocorridos em 8/1/2023”. 

“Restou amplamente comprovado que os atos antidemocráticos praticados em 8/1/2023 consistiram em mais uma etapa delitiva da organização criminosa armada visando a restrição do exercício dos poderes constitucionais e a tentativa violenta de deposição de governo legitimamente constituído”, destacou o ministro. 

Julgamento 

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, a partir desta sexta-feira (7), o recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais seis condenados do chamado núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado antes das eleições de 2022.

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O julgamento acontece em plenário virtual da Primeira Turma da Suprema Corte. O primeiro a votar foi o relator Alexandre de Moraes, os demais ministros poderão registrar seus votos até a próxima sexta-feira (14). 


Bolsonaro é um dos réus do Núcleo 1 da trama golpista e foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, atentado contra o Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, da qual foi apontado como líder, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.  

Recurso de Bolsonaro pede revisão de pena

A defesa de Jair Bolsonaro apresentou ao STF, na noite da última segunda-feira (27), embargos de declaração para “sanar as ambiguidades, omissões, contradições e obscuridades” da decisão do STF que o condenou por tentativa de golpe de Estado.


Os advogados de Bolsonaro pediram a revisão da dosimetria da pena, alegando ausência de individualização adequada e violação ao princípio da proporcionalidade. Segundo eles, as circunstâncias negativas para o estabelecimento da pena não estão presentes no acórdão. 


“Não se sabe, portanto, o que significou cada uma das circunstâncias consideradas, pelo Ministro Relator, como ‘amplamente desfavoráveis’. É indiscutível que a partir da existência de circunstâncias valoradas negativamente chegou-se, sem qualquer cálculo, sem qualquer demonstração, ao elevado aumento da sanção”, diz a peça da defesa.

Veja como ficaram as penas dos condenados pela trama golpista

Mauro Cid

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, Mauro Cid, foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto. 


Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá cumprir 27 anos e 3 meses de prisão. Destes 27 anos, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que 24 anos e 9 meses serão de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção. Bolsonaro também terá que pagar 124 dias multa, sendo cada dia da multa no valor de um salário mínimo. 


Braga Netto

O ex-ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, general Braga Netto a 26 anos de prisão em regime fechado.


O general, que também atuou na Casa Civil, vai responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, Dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.


Anderson Torres

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça deverá cumprir 24 anos de prisão. Sendo 21 anos e 6 meses de reclusão, e dois anos e seis meses de detenção pelos crimes a ele imputados no julgamento por tentativa de golpe de Estado. 


Além do período de reclusão e detenção, o ex-ministro deverá pagar por 100 dias multa, sendo cada dia no valor de um salário mínimo. 


Almir Garnier

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal condenou o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier a 24 anos de prisão. Garnier vai responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, Dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.


General Augusto Heleno

Augusto Heleno, Ex-ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional deverá cumprir 21 anos, sendo 18 anos e 11 meses de reclusão; 2 anos e 1 mês de detenção e 84 dias multa a cada dia pelos crimes a ele imputados no julgamento por tentativa de golpe de Estado. 


Paulo Sérgio Nogueira

O ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, foi condenado a 19 anos de prisão. A pena foi falada durante a leitura da dosimetria feita pelo ministro relator do julgamento, Alexandre de Moraes, e outros ministros do STF.


O ex-ministro da Defesa vai responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, Dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.


Alexandre Ramagem

A pena atribuída a Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, conhecida como ABIN, e deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, foi de 16 anos e um mês de prisão.


Ramagem vai responder por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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