Pista simples. Como sempre foi. Cheia de ondulações, movimentada, sem acostamento. Tem locais onde a duplicação parece miragem, mas na verdade, é abanono. O caminho de Capitão Leonidas Marques à Realeza é de perigo constante.
Além do estado precário da velha pista, há novas armadilhas. Caso do bueiro, na margem da rodovia, um buraco profundo com um pedaço de trapo que é a única forma de sinalizar que o risco existe.
Seguimos assistindo e sentindo na pele os desafios por mais alguns quilômetros e ouvindo os desabafos de quem já cansou das promessas. Encontramos o alexandro apertando a carga. Encontramos também o Anderson, vindo de Capanema, com notícias nada animadoras sobre a situação de um acesso na rodovia.
Fomos verificar a reclamação. A sinalização no local é extremamente precária. Placas estão pelo chão e quem passa fica sem entender pra onde seguir.
Quem vem de Capanema enfrenta um caminho de buracos. Até para o caminhão, que é bem maior, a travessia fica difícil.
O mato toma conta, amontodados de pedras atrapalham a visão. Em alguns pontos, a obra tão esperada parece estar em ruínas. Em meio ao caos, carretas enormes contam com o bom senso dos demais. E num percurso cheio de obstáculos, também fomos vítimas: o pneu de nossa equipe de reportagem furou. Por sorte, estávamos próximos a uma borracharia.
E assim terminamos um dia de trabalho cheio de surpresas, mas com a certeza de que mergulhamos em uma pauta pra lá de importante. Duplica. Termina. Avança 163!