A vereadora, Anne da ADA, convocou a imprensa na manhã desta quarta-feira (23), na sede da associação na zona norte de Londrina. Durante a entrevista, ela apresentou sua versão dos fatos, após a decisão da justiça sobre a intervenção do município na associação e justificou os gastos supostamente excessivos que foram apontados pelo Ministério Público.
Acompanhada do advogado, Anne confirmou a confusão patrimonial
apontada pelo MP e afirmou que usava a mesma conta bancária para administrar os
custos da Associação Defensora dos Animais, que recebe doações da população, e
também as despesas pessoais, que seriam pagas pela família da parlamentar.
Ainda foi apontado pelo órgão que a presidente da associação
usaria verbas doadas para o pagamento de um plano de saúde. Ela assume que os
planos seriam para ela, a mãe e os funcionários, por conta dos ataques
constantes dos animais.
Anne justifica que a denúncia de gastos com táxis e
tratamento estético, dizendo que era uma despesa necessária, já que a vereadora
não possui veículo e precisaria resolver questões da associação.
A decisão liminar da justiça define a intervenção do
município na instituição. Agora, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e
Urbanização) deve definir um prazo para assumir a gestão da associação e
apresentar o novo responsável legal.
Para a presidente da instituição, a decisão é positiva, já
que ela afirma que sempre lutou pela intervenção do poder público na associação,
para que os animais recebessem o tratamento adequado.
Atualmente, mais de 650 cachorros vivem no local. Seis
funcionários mantém a organização e limpeza do abrigo. Anne assume que não tem
condições de cuidar dos animais, que vivem em situações inadequadas. Para ela,
a intervenção seria um alívio, já que a ADA acumula mais de R$ 900 mil em
dívidas.