Diante das investigações sobre denúncias de abuso sexual envolvendo o padre Genivaldo Oliveira dos Santos e o ex-arcebispo Dom Mauro, a Arquidiocese de Cascavel suspendeu as atividades do sacerdote. A nota oficial da Igreja, lida nas missas do último fim de semana, reafirma a cooperação total com as autoridades e a solidariedade às vítimas.
Em trecho da nota, a Arquidiocese afirma:
"Chegaram ao conhecimento desta Arquidiocese graves denúncias envolvendo membros do clero. Diante disso, reafirmamos nossa fé em Jesus Cristo, 'o Caminho, a Verdade e a Vida', e nosso compromisso com a verdade, a justiça e a correção de rumos."
A nota oficial também afirma que a Igreja não compactua com abusos e que "colaboramos integral e irrestritamente com as autoridades policiais, ministeriais e judiciais, entregando todas as informações necessárias e sem criar qualquer obstáculo às investigações".
Na última sexta-feira (28), o Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente) atualizou o andamento das investigações. Até o momento, foram identificadas oito vítimas do padre Genivaldo e três do ex-arcebispo Dom Mauro.
Sete novas pessoas serão ouvidas esta semana, incluindo duas vítimas do sacerdote investigado e cinco testemunhas. Uma vítima de estupro de vulnerável, ocorrido em 2008, não foi incluída nas investigações contra Dom Mauro, pois ainda não há uma correlação conclusiva. O padre Genivaldo, que permanece preso temporariamente, será o último a ser ouvido. As investigações prosseguem sob sigilo.