A Polícia Civil do Paraná realizou uma operação com foco na Prefeitura de Clevelândia, no sudoeste do estado. A investigação constatou que alguns funcionários recebiam salários sem jamais ter trabalhado na prefeitura.
A denúncia foi feita há alguns anos pela própria administração municipal de Clevelândia. Ao todo, oito pessoas foram presas nos municípios de Clevelândia, Chopinzinho, Pato Branco e Campina da Lagoa. Essas pessoas nem moravam em Clevelândia, mas estavam registradas no quadro de funcionários da prefeitura.
De acordo com as investigações, um funcionário concursado do setor de Recursos Humanos de Clevelândia coordenava o esquema. As pessoas eram inicialmente contratadas como agentes de saúde e logo promovidas a outros cargos, como motoristas, o que possibilitava o uso de adicionais e horas extras, aumentando o valor da fraude.
A suspeita é de que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 800 mil, mas esse valor ainda está sendo investigado. Além dos salários, os funcionários fantasmas solicitavam empréstimos consignados, aproveitando o fato de serem registrados como funcionários públicos. O dinheiro dos empréstimos era dividido entre os participantes do esquema.
Oito prisões preventivas foram cumpridas, e um homem está foragido, já que, segundo informações da Polícia, ele estaria viajando. Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e o sigilo bancário e fiscal dos envolvidos foi autorizado pela Justiça.
A Polícia Civil continua as investigações para verificar se há outros envolvidos no caso.