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Agricultores paranaenses apostam em lavouras de salsinha e cebolinha

Os dois temperos naturais, utilizados em saladas, alimentos quentes e para enfeite de pratos, aumentaram em até 63,5% a extensão de plantio em dez anos
27 jan 2025 às 09:37
Por: Agência Estadual de Notícias
- Geraldo Bubniak/AEN

Dois dos temperos naturais mais utilizados em saladas, alimentos quentes ou simplesmente para enfeitar pratos, a cebolinha e a salsinha tiveram evolução grande em área em dez anos no Paraná. A primeira subiu de 525 hectares para 749 hectares (42,6% a mais), enquanto a salsinha avançou 63,5%, passando de 453 hectares em 2014 para 741 hectares em 2023.


O desempenho dessas culturas é apresentado com mais detalhes no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 17 a 23 de janeiro. O documento preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, também fala sobre cultivo de pera, evolução da colheita do milho, e produção e exportação de carne bovina e suína.


O Paraná é o quarto maior produtor da dupla cebolinha e salsinha no Brasil, ranking liderado por São Paulo. Em 2023 os dois temperos foram plantados em pouco menos de 1,5 mil hectares em solo paranaense e responderam cada um deles por 1,1% dos R$ 7,2 bilhões de Valor Bruto da Produção (VBP) referente às 54 espécies da olericultura desenvolvida no Estado.


Foram retiradas 10,3 mil toneladas de cebolinha, que tiveram um VBP de R$ 75,5 milhões. A salsinha forneceu as mesmas 10,3 mil toneladas, com valor um pouco superior, alcançando R$ 77,7 milhões. Mais da metade da produção das duas culturas saíram do Núcleo Regional de Curitiba, com destaque para São José dos Pinhais e Mandirituba.


O aumento foi significativo ao longo dos dez anos analisados, mas nesse período houve momentos em que o produtor ficou ainda mais satisfeito. Para a salsinha, o ano de 2016 rendeu R$ 171,2 milhões, enquanto os produtores de cebolinha foram beneficiados com R$ 117,1 milhões em 2020.

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Esses dois temperos naturais não são bons apenas para os produtores comerciais. “Com uma potência econômica oculta e um pouco deslocados da visão nas gôndolas de varejo e meio perdidos na lista de compras, os maços de salsinha e cebolinha podem ser cultivados em vasos acima da pia de casa, nas áreas e sacadas ou, melhor ainda, em uma pequena horta”, orienta o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade.


PERA – A pera é cultivada em pouco mais de 1 mil hectares no Brasil, constituindo-se na 22ª fruta em volumes colhidos em 2023 (15,7 mil toneladas). O Paraná é o terceiro maior produtor, com 1,6 mil toneladas retiradas de 110 hectares naquele mesmo ano. Ela rendeu VBP de R$ 5,8 milhões.


Mais da metade da produção se concentra na Região Metropolitana de Curitiba, principalmente no município de Araucária. Em início de colheita, a pera comum alcançou preço médio de R$ 90,00 a caixa de 20 quilos na Ceasa/PR durante esta semana, enquanto a variedade yari, que é mais macia, saiu por R$ 140,00.


MILHO  As lavouras de milho da primeira safra começaram a ser colhidas no Paraná, indicando boa produtividade. Enquanto isso, os trabalhos de plantio da segunda ganham força, à medida que avança a colheita da soja e as chuvas de forma mais homogênea cooperam.


Estima-se que para este segundo ciclo já estejam semeados 3% da área de 2,56 milhões de hectares previstos. Há possibilidade de a produção alcançar 15,5 milhões de toneladas na segunda safra. Os dados de dezembro serão atualizados na próxima quinta-feira (30).


SUÍNOS – O boletim do Deral destaca ainda que o Paraná exportou 183,6 mil toneladas de carne suína em 2024. Foram 15,6 mil toneladas (9,3%) superior à exportação de 2023, constituindo-se no melhor desempenho desde a série iniciada em 1997.


O principal destino foi Hong Kong, com 35,6 mil toneladas, ainda que tenha se registrado queda de 28% (14 mil toneladas) em comparação ao ano anterior. Ao todo, a carne suína paranaense foi enviada para 82 países.


BOVINOS – O documento registra também que o foco da pecuária bovina paranaense é o melhoramento genético e nutricional para atingir níveis de qualidade que superem a pequena produção. Nos três primeiros trimestres do ano passado foram 278 mil toneladas de carne produzidas, o que colocou o Estado na 9ª colocação entre as unidades federativas.

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